Minha linha de pesquisa está concentrada na taxonomia, sistemática e evolução de Lepidosauria (esfenodontes, lagartos, serpentes e anfisbenas) do Mesozoico e Cenozoico da América do Sul. Desde meu ingresso na USP (2011) como docente e pesquisadora, tenho me empenhado em obter financiamento através das agências de apoio e fomento à pesquisa, tais como o CNPq e a FAPESP. No final de 2011, tive a aprovação do projeto “Os Squamata (Reptilia, Lepidosauria) do Cretáceo e “Terciário” (Paleógeno/Neógeno) das bacias de Bauru, Aiuruoca e Acre: sistemática, evolução e paleoambientes” através da alínea específica Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes (JP- FAPESP, Processo n. 2011/14080-0), concluído em dezembro de 2016. Com o advento deste projeto, dei continuidade nas minhas atividades de pesquisa iniciadas na área de Paleontologia de Vertebrados desde o início dos anos 2000, com a descrição de espécimes fósseis (principalmente do Triássico do Rio Grande do Sul e Mioceno da Bacia do Acre) e a organização de trabalhos de campo para o Cretáceo das regiões sudeste (estados de São Paulo e Minas Gerais), Mioceno da Amazônia Brasileira e Oligoceno-Eoceno da Bacia do Aiuruoca (Minas Gerais).
Grande parte da produção científica/acadêmica, bem como a formação de recursos humanos (estudantes de graduação e pós-graduação), são resultados diretos dos esforços do grupo pesquisa do CNPq “Biotas do Mesozoico e Cenozoico sul-americano” (ver dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1099531395050420). Contudo, nos últimos anos, minha linha de pesquisa principal sofreu algumas modificações, principalmente devido em relação à orientação de estudantes de graduação e pós-graduação e aos diversos grupos taxonômicos de vertebrados fósseis envolvidos em várias frentes de pesquisa que venhod desenvolvendo desde o JP-FAPESP. Para congregar os aspectos multi-taxonômicos, foi então criado o grupo de pesquisa “Biotas do Mesozóico e Cenozóico sul-americano” do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil Lattes do CNPq. Este é um grupo multidisciplinar que envolve diversos grupos de répteis fósseis do Triássico e do Cretáceo das bacias do paraná e Bauru do Paraná e do Neógeno da Bacia do Acre. Assim, há uma grande contribuição dos alunos em projetos de pesquisa estreitamente relacionados aos principais temas do Grupo de Pesquisa. Assim, tenho o compromisso na formação de recursos humanos, através do fortalecimento do GP, bem como para o desenvolvimento e difusão do conhecimento científico.
Atualmente, a maioria dos alunos desenvolvem projetos de pesquisa que envolvem os fósseis coletados (principalmente das bacias Bauru e Acre) no âmbito da taxonomia, sistemática e evolução de vertebrados; bem como alguns alunos desenvolvem outras linhas de pesquisa ad hoc, como análises tafonômicas, análises geoquímicas, geocronológicas e biocronológicas, estudos estratigráficos, além dos aspectos paleoambientais e paleoecológicos.
Desde a minha entrada na Universidade, tenho me esforçado para publicar artigos e capítulos de livros. Nesse sentido nos últimos 13 anos de USP foram agregados cinco (05) capítulos de livros, mais de 50 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais indexados, além de mais de 70 resumos publicados em anais de eventos. No que diz respeito à formação científica/acadêmica, atualmente estou como bolsista de produtividade em pesquisa PQ nível 2 pelo CNPq (Processo 310948/2021-5), e estou totalmente comprometida com a difusão da pesquisa sobre fósseis de Lepidossauros da América do Sul e Biocronologia do Neógeno da Amazônia brasileira. Faço parte do corpo permanente de docentes orientadores no Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada (Nota 6 CAPES, FFCLRP/USP), área de concentração Biodiversidade.
Recentemente foi encerrado o projeto da FAPESP, na alínea Auxílio à Pesquisa – Regular, intitulado “A fauna de pequenos vertebrados do Neógeno da Amazônia brasileira, com ênfase na resolução temporal da Formação Solimões, Mioceno da Bacia do Acre” (Proc. n. 2019/14153-0), vigência 01/01/2020 a 30/06/2023), que foi um projeto de pesquisa de caráter de continuidade dos estudos desenvolvidos previamente no Mioceno da Bacia do Acre em termos de fauna de vertebrados, contemplado em parte no projeto JP-FAPESP. Cabe ressaltar que faço parte do projeto Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia PALEOVERT, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia PALEOVERT. CNPq, Processo no. 406902/2022-4, como Pesquisadora associada, cujo projeto tem por objetivo o estudo dos múltiplos aspectos envolvidos na preservação dos vertebrados fósseis se configura como um amplo campo de pesquisa, que permite abordagens interdisciplinares, muitas vezes, lançando-se mão de métodos que transcendem as fronteiras clássicas da paleontologia.